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SAP lança 1º Clube de Leitura em SP para presos não alfabetizados

Iniciativa inédita no sistema prisional paulista prioriza educação e cultura como ações de reintegração

24/04/2025
Foto ilustrativa

Encontro foi realizado na Penitenciária de Araraquara

Nathalia Malaquim - Assessoria de Comunicação Institucional da SAP

Pela primeira vez, o sistema prisional de São Paulo terá um Clube de Leitura para presos não alfabetizados. O projeto inovador lançado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (Funap), em parceria com a Fundação Observatório do Livro e da Leitura, foi apresentado no dia 23 de abril, às 15h, na Penitenciária "Dr. Sebastião Martins Silveira" de Araraquara, interior do Estado.

A iniciativa está alinhada ao Dia Mundial do Livro, comemorado em mesma data, e propõe o desenvolvimento de sete ciclos mensais de leitura, com um total de 280 atendimentos previstos ao longo de 2025. “Este é mais um projeto, entre tantos que desenvolvemos aqui na penitenciária com muito empenho e que nos enche de orgulho e gratidão por poder oferecer algo tão valioso àqueles que hoje se encontram privados de liberdade”, explicou o Chefe de Departamento da Unidade Prisional, Marcelo Pedro Antonio.

“Nosso compromisso, enquanto instituição, é justamente esse: criar oportunidades que gerem novas perspectivas. Acreditamos firmemente que, mesmo em um ambiente de privação, é possível construir caminhos de transformação, esperança e reintegração. Queremos que cada participante possa sair do presídio com mais do que conhecimento: com autoestima, com propósito e com a certeza de que é possível recomeçar”, conclui Antonio.

A ação busca promover o acesso à literatura mesmo entre aqueles que ainda não dominam a leitura e a escrita, contribuindo para a inclusão social e o estímulo ao pensamento crítico. "O Clube de Leitura para não alfabetizados nasceu de uma parceria que muito nos honra, entre a Funap e o Instituto Observatório do Livro e da Leitura. Juntos, idealizamos um projeto que respeita a diversidade das trajetórias e dos tempos de cada pessoa e amplia o acesso às ações de educação e cultura no sistema prisional, nos conta Alexandre Rodrigues Cabrera, Diretor Adjunto de Atendimento e Promoção Humana da Funap.

O projeto piloto será implementado, inicialmente, em quatro unidades conforme a realidade de cada uma. As leituras serão em grupo, em duplas e audiolivro (com tablets sem acesso à internet), além de mediadores externos treinados. As unidades contempladas são: Penitenciária de Ribeirão Preto, Penitenciária III de Serra Azul, Penitenciária de Araraquara e Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis.

Os participantes realizarão relatórios orais de leitura, gravados por agentes prisionais e posteriormente transcritos para fins de registro e validação. Os livros e audiolivros serão fornecidos pela Fundação Observatório do Livro e da Leitura, responsável também pela formação dos mediadores.

Também participaram do evento Eunice Godinho, Superintendente de Atendimento e Promoção Humana da Funap, o Coordenador da Coordenadoria de Execução Penal Norte, Malvino André Alves Fahl, Leandro Lanzellotti de Moraes. Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo (COPEN), o Capitão Adilson José Gardim, o prefeito de Araraquara Luis Claudio Barreto, o juiz José Roberto Bernardi Liberal, Coordenador do Deecrim 6ª RAJ e o vereador Marcelinho, o Supervisor de Educação, Juraci Antônio de Oliveira e o gerente regional da Funap, Silvio Luís do Prado.

“A ação mostra que quando o Estado, a iniciativa privada e a sociedade se unem para resolver questões importantes, as soluções aparecerem e ajudam resolver problemas sérios e graves como os representados pelo altíssimo índice de analfabetos e analfabetos funcionais no sistema carcerário brasileiro”, observa Galeno Amorim, presidente do Observatório do Livro e da Leitura.

Minibiografia - Galeno Amorim:  Galeno Amorim, jornalista e escritor, foi presidente da Biblioteca Nacional e do Cerlalc/Unesco (Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe) e responsável pela criação do Plano Nacional do Livro e da Leitura/PNLL. É autor de 18 livros, entre os quais Retratos da Leitura no Brasil (organizador). É presidente do Observatório do Livro e da Leitura e coordenador do curso Programa de Formação em Biblioterapia.

 

Autoridades prestigiaram o evento

Iniciativa inédita no sistema prisional paulista prioriza educação e cultura como ações de reintegração

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