A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) sorteou, na tarde desta quinta-feira (05/05), 37 casas no município de Nhandeara, região de São José do Rio Preto. Para as moradias, são investidos, ao todo, R$ 7 milhões.
Presente no sorteio, o subsecretário de Desenvolvimento Habitacional, José Police Neto, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a qualidade das entregas e com a justiça social. “Fazemos casa para quem precisa. Quem já tem, não deve participar, porque o objetivo é reduzir a desigualdade, não ampliá-la”, enfatizou.
Ele também destacou o esforço para garantir que todas as unidades sejam destinadas às famílias do município, fortalecendo a identidade e o desenvolvimento local. “Esse sorteio é dirigido para o município, para responder com o esforço do nosso trabalho ao direito das famílias que aqui vivem. A nossa certeza é que, se as famílias sorteadas pagarem em dia, conseguiremos trazer mais casas para cá, multiplicando as oportunidades para outras pessoas”, afirmou, desejando felicidade a todos os contemplados.
Já a diretora de Atendimento Habitacional da CDHU, Ticiane D’Aloia, destacou a importância do momento, reforçando a seriedade e a transparência do processo. “As inscrições foram em dezembro e as unidades sorteadas são destinadas exclusivamente para as famílias do município. Toda a documentação será rigorosamente verificada junto à Prefeitura e ao local de trabalho, garantindo que a casa vá realmente para quem pertence à comunidade”, explicou ela, ao também desejar felicidades aos sorteados.
Para este sorteio, 507 famílias se inscreveram em dezembro de 2024. As unidades serão distribuídas da seguinte forma: três são destinadas a famílias com pessoas com deficiência, duas para idosos e duas para indivíduos que moram sozinhos. Para a demanda geral serão sorteadas 19 casas para famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos, sete para renda de 3,01 a 5 salários e quatro para renda de 5,01 até 10 salários.
Durante o evento, foram definidos os titulares e suplentes para a aquisição das moradias. As famílias contempladas serão convocadas para a fase de habilitação, na qual deverão comprovar o atendimento a todas as exigências do edital de inscrição. Caso algum sorteado não se enquadre nos critérios, será desclassificado, e um suplente será convocado para o seu lugar, conforme a ordem do sorteio. Esse processo é importante para garantir que o benefício do programa seja concedido apenas às pessoas que mais necessitam.
A agente de organização Escola Suzana Gomes, de 46 anos, foi uma das sorteadas e não conteve as lágrimas ao falar sobre o significado da conquista. “Era o meu sonho, né? Ter minha casinha. A gente mora de favor, passa muita humilhação. Agora vou ter a minha casa, vou fazer do jeito que eu quiser. Isso não tem preço”, disse emocionada.
Ela mora com a família na casa da sogra há 10 anos, mas, antes disso, residia em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, onde morava de aluguel. Buscando uma vida mais tranquila, a família encontrou no município um novo lar. “Eu sou apaixonada por este lugar. Aqui trabalho, meu filho estuda, a gente gosta demais dessa cidade. Quando abriu o cadastro, eu pensei: é aqui que quero viver”, contou.
O processo de inscrição, segundo ela, foi simples e descomplicado. “Fiz tudo pelo celular. Recebi a carta e hoje estou aqui. Foi muita emoção quando ouvi meu nome”, relatou. Agora, Suzana aguarda ansiosamente pela entrega das chaves. “Eu vou ter paz, meu sossego. Vou ser feliz com a minha família”, completou, com os olhos brilhando de esperança.
O novo empreendimento está sendo edificado Rua Dalva Alves de Lima, no Distrito de Ida Iolanda, em terreno doado pela Prefeitura. As casas terão dois dormitórios, sala de estar, cozinha, banheiro e lavanderia, distribuídos em 47 m² de área útil. As unidades contarão com piso cerâmico, azulejo no banheiro, na cozinha e na área de serviço, laje, cobertura em estrutura metálica e sistema de energia solar fotovoltaico.
O financiamento dos imóveis segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que preveem juro zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Desta forma, os beneficiários pagarão praticamente o mesmo valor ao longo dos 30 anos, já que o contrato será corrigido apenas pelo IPCA - índice oficial do IBGE. O valor das parcelas será calculado com base na renda das famílias, podendo comprometer, no máximo, 20% dos rendimentos mensais.